O VAQUEIRO NORDESTINO
José Edimar
O Vaqueiro do Nordeste
Tem uma vida arriscada,
Montando em cavalo bom
Pegando vaca raçada,
Enfrentando touro bravo
Dentro da mata fechada.
Foi à vida mais pesada
Que encontrei no meu sertão,
Porém nunca dispensei
Chapéu, perneira e gibão
Campeão de Vaquejadas
Nas festas de apartação.
O meu cavalo alazão
Sem precisar de esporas
Correndo atrás de boi bravo
Encostava sem demora,
Se eu não derrubasse o boi
Não deixava ele ir embora.
Quando corria por fora
Não fazia diferente,
Corria muito ligeiro
Que tinha a pisada quente
Por mais que o boi corresse
Ele chegava na frente.
Fui um vaqueiro valente
Correndo no tabuleiro,
Por cima de pedra e paus
Unha de gato e facheiro,
Honrei minha profissão
Dei prova de bom vaqueiro.
Que o homem verdadeiro
Quando abraça a profissão,
Para cuidar da fazenda
Não falta disposição
Sente amor pelo seu gado
Dando orgulho ao seu patrão.
Sinto hoje no coração
A mais tremenda saudade
Vive ala enchendo meu peito
Tirando a felicidade,
Tenho insônia e quando durmo
Sonho com a mocidade.
Quando na primeira idade
Comecei a campear,
Das carreiras que já dei
De fazer moita voar,
Dando alegria ao patrão
Sem deixar boi escapar.
Sinto hoje tudo faltar
Mesmo sobrando dinheiro,
Na condição vivo bem
Porque sou o fazendeiro,
Porém o meu peito que chora
Com a saudade que devora
Não posso mais ser vaqueiro.
PINTO
PRETO DO ORIENTE
A trinta e um de dezembro
Vi um vaqueiro arrumado,
A fim de pegar um touro
No seu cavalo montado,
Vivia em cima da serra
Aquele touro malvado.
Esse touro se chamava
Pinto preto do oriente,
Pretinho da cauda branca
Mas brabo como serpente,
Se criou dentro dos matos
Sem conhecer um vivente.
E reuniu-se os vaqueiros
A fim de pegar o touro,
Todos disseram: - Eu não vou
Nem pra ganhar um tesouro,
Pedrinho disse: - Eu vou só
Montado em flecha de ouro.
Pedro disse: - A Luzinete
Prepare minha merenda,
Você é minha querida
Minha verdadeira prenda,
Se eu não pegar Pinto Preto
Não volto mais a fazenda.
Despediu-se do patrão
No outro dia cedinho,
Montado em flecha de ouro
Foi para o campo sozinho,
Jogado naquelas matas
Como um triste passarinho.
Com três léguas de viagem
Só via o mato tremendo,
Pedrinho olhou para o lado
Avistou o boi bebendo,
Num olho d´água que havia
Quando lhe viu foi correndo.
Pedrinho correu atrás
Daquele touro valente,
Seu destino era pegar
Era essa a sua mente,
Sem saber que a tristeza
Corria na sua frente.
Uma légua de carreira
Tiraram com rapidez,
Pedrinho alcançou o boi
Por sua sorte talvez,
Numa gruta de dez metros
Caíram os três duma vez.
O VAQUEIRO NORDESTINO
O Vaqueiro do Nordeste
Tem uma vida arriscada,
Montando em cavalo bom
Pegando vaca raçada,
Enfrentando touro bravo
Dentro da mata fechada.
Foi à vida mais pesada
Que encontrei no meu sertão,
Porém nunca dispensei
Chapéu, perneira e gibão
Campeão de Vaquejadas
Nas festas de apartação.
O meu cavalo alazão
Sem precisar de esporas
Correndo atrás de boi bravo
Encostava sem demora,
Se eu não derrubasse o boi
Não deixava ele ir embora.
Quando corria por fora
Não fazia diferente,
Corria muito ligeiro
Que tinha a pisada quente
Por mais que o boi corresse
Ele chegava na frente.
Fui um vaqueiro valente
Correndo no tabuleiro,
Por cima de pedra e paus
Unha de gato e facheiro,
Honrei minha profissão
Dei prova de bom vaqueiro.
Que o homem verdadeiro
Quando abraça a profissão,
Para cuidar da fazenda
Não falta disposição
Sente amor pelo seu gado
Dando orgulho ao seu patrão.
Sinto hoje no coração
A mais tremenda saudade
Vive ala enchendo meu peito
Tirando a felicidade,
Tenho insônia e quando durmo
Sonho com a mocidade.
Quando na primeira idade
Comecei a campear,
Das carreiras que já dei
De fazer moita voar,
Dando alegria ao patrão
Sem deixar boi escapar.
Sinto hoje tudo faltar
Mesmo sobrando dinheiro,
Na condição vivo bem
Porque sou o fazendeiro,
Porém o meu peito que chora
Com a saudade que devora
Não posso mais ser vaqueiro.
PINTO PRETO DO ORIENTE
Quando Pedrinho caiu
Ficou desorientado,
Porque viu o seu cavalo
Com o pescoço quebrado,
E pinto do oriente
Morto para o outro lado.
Ele chorando dizia
Meu Deus que sorte ruim,
Flecha de ouro está morto
Eu estou doente assim,
Mas Pinto do Oriente
Nunca mais come capim.
Quando foi no outro dia
Ele não apareceu,
Reclamava o fazendeiro
Meu Deus o que aconteceu
O Pedrinho está perdido
Ou na certa ele morreu
Também disse: - Luzinete
oh meu Papai de Belém,
Traga meu amor pra casa
Que tanto espero e não vem,
Se Pedrinho estiver morto
Pretendo morrer também.
Saíram à procura dele
Gente de perseverança,
Homem, mulher e meninos.
E todos da vizinhança,
Acharam dentro da gruta
Chorando como criança.
Pedrinho avistou o povo
Foi dizendo: - Meu patrão,
Flecha de ouro está morto
E eu estou sem condição,
Mas pinto do oriente
Não faz mais rastro no chão.
Perdi a minha coragem
E minha disposição,
Flecha de ouro morreu
Não corro mais no sertão,
As lágrimas tristes caindo
Por cima da arreação.
E voltou com Luzinete
O seu amor verdadeiro,
Depois se casou com ela
Por ser seu amor primeiro,
Não montou mais em cavalo
Nunca mais quis ser vaqueiro.
O VAQUEIRO QUE NÃO MENTIA
(José Edimar)
Há muito tempo passado
Numa fazenda existia
Um boi chamado Eleição
Um rapaz que não mentia
O boi era estimação
E o vaqueiro a garantia!
Numa aposta de eleição
Foi o bezerro ganhado
Por isso pelo seu dono
O nome a ele foi dado
O patrão considerava
Ser ele o melhor do gado!
Conversava com um amigo
Quando o Vaqueiro chegou
Deu boa noite pra ele
Que ligeiro respostou
Também do boi eleição
Na hora lhe perguntou!
Vai bem disse o vaqueiro
Com todo resto do gado
Foi saindo e o patrão
Disse - Ao amigo do lado
Meu vaqueiro nunca mente
Nele tenho confiado!
-Não há ninguém que não minta
Seu amigo assim falou
-Querendo aposto contigo
Metade dos bens te dou
Se teu vaqueiro não mentir
O fazendeiro apostou!
Depois da aposta fechada
O amigo fazendeiro
Logo arranjou um meio
Para ganhar o dinheiro
Pediu ajuda a sua filha
Pra enganar o vaqueiro!
Ela combinou com o pai
Que a melhor solução
Era seduzir o vaqueiro
E matar o boi eleição
Não dava pra não mentir
Sendo o boi de estimação!
Ela foi para a fazenda
E lá fez sua morada
Se entregou ao vaqueiro
Como sua namorada
Depois fingiu-se de grávida
Armando-lhe uma cilada!
Disse ela-Tenho um desejo
Que me corta o coração
Pra comer carne de gado
Só quero o boi eleição
Ele temendo o pior
Matou o boi do patrão!
Terminou de almoçar
Foi ao gado dar de beber
Chegou ninguém tava em casa
Começou a perceber
Na armadilha que caíra
Seu patrão devia saber!
Num mourão botou o chapéu
Como se fosse o patrão
Parou e deu boa noite
Dizendo o boi eleição
Morreu com a mão quebrada
Caindo num boqueirão!
Disse - Essa é furada
Tornou voltar novamente
Riscou bem junto ao mourão
Falando ali frente a frente
Seu boi eleição morreu
Hoje repentinamente!
Muitas tentativas fez
Pra mentir não conseguiu
Embora custasse caro
Ele que nunca mentiu
Foi encontrar o patrão
Da verdade não fugiu!
Chegando ele as pressas
Na casa do fazendeiro
Deu boa noite ao patrão
Que respostou ao vaqueiro
E notícias do seu boi
Já foi pedindo ligeiro!
Desmonte e vá me dizendo
Como vai meu Eleição
Seu Boi patrão eu matei
Foi causa a desejação
Me diga quanto é que custa
Que eu pago o boi meu patrão!
O amigo com a filha
Estavam ali esperando
Ela fingindo a barriga
Do vaqueiro e gargalhando
Porém ouvindo a resposta
Já foram se retirando!
O patrão abriu os braços
Para o vaqueiro sorriu
E o pai da moça grávida
Tentou e não conseguiu
O vaqueiro teve tudo
Enfrentou e não mentiu!
Um boi chamado Eleição
Um rapaz que não mentia
O boi era estimação
E o vaqueiro a garantia!
Numa aposta de eleição
Foi o bezerro ganhado
Por isso pelo seu dono
O nome a ele foi dado
O patrão considerava
Ser ele o melhor do gado!
Conversava com um amigo
Quando o Vaqueiro chegou
Deu boa noite pra ele
Que ligeiro respostou
Também do boi eleição
Na hora lhe perguntou!
Vai bem disse o vaqueiro
Com todo resto do gado
Foi saindo e o patrão
Disse - Ao amigo do lado
Meu vaqueiro nunca mente
Nele tenho confiado!
-Não há ninguém que não minta
Seu amigo assim falou
-Querendo aposto contigo
Metade dos bens te dou
Se teu vaqueiro não mentir
O fazendeiro apostou!
Depois da aposta fechada
O amigo fazendeiro
Logo arranjou um meio
Para ganhar o dinheiro
Pediu ajuda a sua filha
Pra enganar o vaqueiro!
Ela combinou com o pai
Que a melhor solução
Era seduzir o vaqueiro
E matar o boi eleição
Não dava pra não mentir
Sendo o boi de estimação!
Ela foi para a fazenda
E lá fez sua morada
Se entregou ao vaqueiro
Como sua namorada
Depois fingiu-se de grávida
Armando-lhe uma cilada!
Disse ela-Tenho um desejo
Que me corta o coração
Pra comer carne de gado
Só quero o boi eleição
Ele temendo o pior
Matou o boi do patrão!
Terminou de almoçar
Foi ao gado dar de beber
Chegou ninguém tava em casa
Começou a perceber
Na armadilha que caíra
Seu patrão devia saber!
Num mourão botou o chapéu
Como se fosse o patrão
Parou e deu boa noite
Dizendo o boi eleição
Morreu com a mão quebrada
Caindo num boqueirão!
Disse - Essa é furada
Tornou voltar novamente
Riscou bem junto ao mourão
Falando ali frente a frente
Seu boi eleição morreu
Hoje repentinamente!
Muitas tentativas fez
Pra mentir não conseguiu
Embora custasse caro
Ele que nunca mentiu
Foi encontrar o patrão
Da verdade não fugiu!
Chegando ele as pressas
Na casa do fazendeiro
Deu boa noite ao patrão
Que respostou ao vaqueiro
E notícias do seu boi
Já foi pedindo ligeiro!
Desmonte e vá me dizendo
Como vai meu Eleição
Seu Boi patrão eu matei
Foi causa a desejação
Me diga quanto é que custa
Que eu pago o boi meu patrão!
O amigo com a filha
Estavam ali esperando
Ela fingindo a barriga
Do vaqueiro e gargalhando
Porém ouvindo a resposta
Já foram se retirando!
O patrão abriu os braços
Para o vaqueiro sorriu
E o pai da moça grávida
Tentou e não conseguiu
O vaqueiro teve tudo
Enfrentou e não mentiu!
VAQUEIRO PREGUIÇOSO
(José edimar)
TENHO SIDO NESSA VIDA
UM VAQUEIRO CORAJOSO
JÁ TOPEI TODA PARADA
NUNCA GOSTEI DE MANHOSO
QUEM DESGRAÇA UMA FAZENDA
É VAQUEIRO PREGUIÇOSO!
QUANDO O CABRA TEM PREGUIÇA
NÃO PODE SER UM VAQUEIRO
NÃO MONTA EM CAVALO BRAVO
NEM CORRE NO TABULEIRO
NÃO DERRUBA NEM BEZERRO
QUANTO MAIS UM MANDINGUEIRO!
O PREGUIÇOSO SÓ SERVE
PARA BAJULAR PATRÃO
ZELA BEM CAVALO E ARREIOS
ESSA É SUA OCUPAÇÃO
AINDA PENSA QUE É
O MAIOR DA PROFISSÃO!
CAMPEAR ELE SÓ VAI
ACOMPANHANDO CINCO OU SEIS
E NO MATO NÃO DAR CONTAR
DE ATALHAR UMA RÊS
ELA FOGE E ELE GRITA
A CULPA FOI DE VOCÊS!
O DIA TODO É DEITADO
GOSTA MUITO É DE DORMIR
SE ALGUÉM LHE DER ATENÇÃO
PODE ATÉ MORRER DE RIR
QUE ESTANDO ACORDADO
SÓ PRESTA PARA MENTIR!
NA CASA DE ALGUÉM SE FOR
CONVIDADO A ALMOÇAR
NÃO ACEITA E RESPONDE
QUE FALTA PARA O JANTAR
CONVIDADO A ROÇA DIZ
QUE A CHUVA PODE MOLHAR!
NA CASA DELE UMA COISA
QUE É DIFÍCIL ACONTECER
PORÉM QUANDO ACONTECE
NINGUÉM PODE ESQUECER
TENDO COMIDA POR LÁ
PASSANDO TEM QUE COMER!
GOSTA MUITO DUMA FARRA
POIS É DADO A BRINCADEIRA
COMEÇA SÁBADO E DOMINGO
MUITO BOM NA GAFIEIRA
E AMANHECE DORMINDO
NA SEGUNDA E TERÇA – FEIRA!
O PATRÃO VAI VISITA-LO
ENCONTRANDO ELE DEITADO
LHE CHAMAR NÃO ADIANTA
JÁ CONHECE O RESULTADO
BALANÇA A CABEÇA E DIZ
TÁ TUDO DESMANTELADO!
UM VAQUEIRO PREGUIÇOSO
TAMBÉM TEM POR QUALIDADE
CONHECIDO DOS VIZINHOS
PELA SOLIDARIEDADE
SE TIVER CANA NO MEIO
ELE SE SENTE A VONTADE!
PELAS QUALIDADES DELE
NÃO HÁ QUEM NÃO-O CONHEÇA
MESMO SENDO PREGUIÇOSO
NÃO LIGAM QUE PERMANEÇA
VIVENDO FELIZ DEMAIS
SEM HAVER QUEM O ABORREÇA!
AOS VAQUEIROS DE VERDADE
PRECISO ME DESCULPAR
QUE VAQUEIRO QUE É VAQUEIRO
POR CERTO NÃO VAI GOSTAR
UM DESSES NA PROFISSÃO
SÓ SERVE PRA ATRAPALHAR!
HISTÓRIA DE VAQUEIRO
(José Edimar)
Lembro com muita saudade
Do meu tempo de menino
Do amanhecer na fazenda
Do vaqueiro campesino
Das festas de vaquejadas
Do meu sertão nordestino!
Saudades trazem lembranças
Que aquecem a memória
No Estado do Ceará
Aconteceu essa história
Da vida desse vaqueiro
Quase toda trajetória!
Aos doze anos montava
Provando ser bom vaqueiro
Aos dezoito era afamado
E mesmo sem ter dinheiro
Aos vinte e dois se casava
Com filha de fazendeiro!
Seu nome foi conhecido
Da Serra Grande ao sertão
Não lhe faltavam convites
Pras festas de apartação
E boi que ninguém pegasse
Só ele botava a mão!
Na vida de bom vaqueiro
Sempre ele era convidado
Pegou lá no pé de Serra
Um garrote encabojado
Depois disso em pouco tempo
Seu destino foi mudado!
Envolveu - se em amizades
Com experientes vaqueiros
Por sua ingenuidade
Achou que fossem parceiros
Sem imaginar que eram
Todos falsos e traiçoeiros!
Aqueles falsos vaqueiros
Viviam roubando gado
Por está ele envolvido
De roubo foi acusado
Pra não sofrer na prisão
Fugiu de noite apressado!
Sabendo dessa verdade
Sua mulher não agüentou
Com o filhinho nos braços
Pra casa do pai voltou
Esperando ele mudar
Nada daquilo falou!
Fugindo pro Piauí
Por cinco anos viveu
Na casa de seus parentes
O lugar que se escondeu
Arranjou muitas amizades
Em confusões se meteu!
Deu muito desgosto aos tios
Com a vida que levava
Saindo na sexta feira
Só na segunda voltava
Chegando ainda zangado
Com seus tios não falava!
A mulher dele no sul
Onde estava a trabalhar
Sabendo notícias dele
Mandou logo lhe buscar
Lembro o dia da partida
E mais nada ouvi falar!
Nosso vaqueiro partiu
Foi embora e não veio mais
Com cinco anos depois
Mostrou como era capaz
Mudando completamente
Vaqueiro bom assim faz!
Soube da última notícia
Está no Rio de Janeiro
Hoje é um grande empresário
Também um bom fazendeiro
Conserva ainda guardado
Os seus trajes de vaqueiro!
VAQUEIRO
DE POUCA SORTE
(José
Batista de Freitas)
Para Toinha
e Agenor
Era pura obrigação
Dar a
primeira arrancada
Na
corrida de mourão
Pra
alegrar o seu povo
Vendo o
boi rolar no chão!
Porém
na beira da pista
Tinha
um pé de juazeiro
Perto
duma cerca velha
Estaca
de marmeleiro
Que
para um acidente era
Um
ponto traiçoeiro!
Soltaram
o primeiro boi
Para
começar o show
O rapaz no seu cavalo
Pela
cerca penetrou
Passando
só o cavalo
Que o
vaqueiro ficou!
Agenor
foi de encontro
Uma
estaca da faxina
Ou pura
falta de sorte
Ou
nascera com tal sina
Vindo a
danada da morte
Com sua
mão assassina!
Socorreram
Agenor
Quando
ainda respirava
Todo
banhado de sangue
Para
Toinha ele olhava
Dizendo
adeus meu amor
Por
essa eu não esperava!
Às
quatro horas da tarde
Agenor
foi enterrado
Tinha uns
duzentos vaqueiros
De chocalhos
empunhado
Ao som
de todos eles
Foi o
rapaz sepultado!
No meio
da cerimônia
Ouviu-se
uma voz ecoar
Era
Toinha aboiando
Vindo ao
povo avisar
Que só
voltaria ao campo
Depois de
Agenor voltar!
Agenor
você morreu
Eu
fiquei na solidão
Queimei
o chapéu de couro
As
perneiras e o gibão
Meu
cavalo passatempo
Dei de
presente ao irmão!
Houve
grande emoção
Em
homem, mulher, menino.
Eu
também chorei um pouco
As
lágrimas do meu destino
Ouvindo
a primeira vez
Aquele aboio
feminino!
Agenor
você morreu
Mas vai
levar um troféu
Vou
morrer como eu nasci
De
palma, capela e véu.
Pra
desfrutar nosso amor
Nas
vaquejadas do céu!
Escrevi a vaquejada
Foi menosprezando a morte
Senti pena de Toinha
Que o
golpe foi tão forte
Intitulei dando nome
Vaqueiro
de pouca sorte!
MEU CIÚME É ASSIM
O
ÚLTIMO ADEUS DO VAQUEIRO
(Louro Branco)
Já
fui um vaqueiro novo, mas estou quase acabado
Com setenta e nove anos anos, faz um mês que estou prostrado
E o
doutor disse ao meu povo, que estou desenganado
Campeei sessenta anos, brincando de mundo afora
Quem já fui eu passado, e quem estou sendo agora
Essa
saudade que eu sinto, me mata antes da hora
Já sai pra tantas festas, hoje eu
não posso sair
Bebi
muitas pingas boa, dia e noite sem cair
Hoje
só vejo remédio, sem poder mais engolir
Soluçando
de saudade, dou adeus a minha sela
Peço
pra minha família que se puder guarde ela
Pra
recordar das carreiras, que eu já dei montado nela
Me despeço da cancela, estribaria e bebida
Adeus
currais, adeus campos, cerrado pátio e corrida
Ah
se deus ainda me desse, mais alguns anos de vida
De
tudo na minha vida, eu levo recordações
Adeus
queridos vaqueiros e colega dos meus sertões
Fique brincando por mim, nas festas de apartações
Adeus meu querido filho, que é meu melhor amigo
Adeus minha velha esposa, rainha do meu abrigo
Se fosse pelo meu gosto, vocês iriam comigo
Dou
adeus a meu cavalo, lembrando a bondade dele
Já
que Deus vai me matar, também deve matar ele
Pra ninguém
ver outro homem, pegar boi montado nele
Meu patrão
estou chegando o momento derradeiro
Bote a vela em minha mão, e perdoe se fui grosseiro
Receba
como lembrança, o último adeus do vaqueiro
Receba
como lembrança, o último adeus do vaqueiro
VAQUEJADA NO CÉU
(João Alexandre)
Quando
é no mês de novembro
Dando a
primeira chuvada
Reúne-se
a vaqueirama
Em
frente à casa caiada
Vão
olhar no campo pasto
Se a
rama já está fechada.
O
vaqueiro da fazenda
É quem
se monta primeiro
No seu
cavalo amarelo
Calçado
e muito ligeiro
E vai
ao campo pensando
Na
filha do fazendeiro.
E corre
dentro da mata
Rolando
em cima da sela
Se
desviando de espinhos
Unha de
gato e favela
Fazendo
verso e pensando
Na
beleza da donzela.
Dá um
aboio dizendo:
Ó vaca
mansa bonita
Tem no
lugar do chocalho
Um
lindo laço de fita
Seu
nome é Rosa do Prado
O mimo
de Carmelita.
Se reúnem a vaqueirama
Em
frente à casa caiada
Um
cabra de voz bonita
Sai
cantando uma toada
E a
filha do fazendeiro
Fica
logo apaixonada.
Carmelita
quando vê
O seu
amor verdadeiro
Todo
vestido de couro
Começa
no desespero
Mamãe
deixa eu ir embora
Na
garupa do vaqueiro.
Quando o
vaqueiro adoece
Bota
seus couros na cama
Pelo
campo o gado urra
Como
quem por ele chama
Na
porteira do curral
Berra
toda a bezerrama.
Diz ele
quando eu morrer
Coloque
no meu caixão
Meu
uniforme de couro
Perneira,
chapéu gibão.
Pra mim brincar com São Pedro
Nas
festas de apartação.
Não
esqueçam de botar
As esporas
e o chapéu
E o retrato do cavalo
Que
sempre chamei Xexéu
Pra mim brincar com São Pedro
Nas vaquejadas
do céu.
Termino
me despedindo
Das
Serras dos Taboleiros
Dos
grutilhões, das chapadas
Dos baxios e oiteiros
Dos currais e das bebidas
E das filhas dos fazendeiros.
Meus
Olhos Falam Por Mim
De:
Edmilson Ferreira e Nonato Costa
És a
minha leal companheira
Porque
sabes me compreender
Entre
todas tu foste a primeira
És a
última que quero perder
Foste a
minha melhor professora
Promotora
da minha razão
Assistente
de cargos omissos
Secretária
dos meus compromissos
Empresária
do meu coração...
Comparando
às mulheres que vejo
Tu tens
semelhança qualquer
Na
pureza contida no beijo
No
caráter que tens de mulher
Ao
dormir nos teus braços com calma
Minha
alma desprende-se ao léu
E o
autor de quem tanto confio
Fez teu
corpo com curvas de rio
Nos
teus olhos pôs tinta do céu...
Respeitar-me
se for teu propósito
Saberei
te dar muito valor
Fiz do
peito um eterno depósito
Pra
guardar nossas frases de amor
Eliminas
a minha carência
Na
ardência do teu corpo grácil
Jamais
nosso real será lenda
Que por
mais que o destino pretenda
Destruir
nosso amor não é fácil...
Como é
bom quando estamos a sós
Sem
desvelo da vista alguém
Nosso
amor terá fim porque nós
Não
seremos eternos também
Por
amor teu amor já é meu
E eu
sou teu se me queres assim
Se
disser que te amo não minto
Nem
preciso dizer-te o que sinto
Que
meus olhos te dizem por mim...
MEU CIÚME É ASSIM
(Heleno de Oliveira)
Querida esse nosso amor
Ainda está em começo
Me responda por favor
Seu nome seu endereço
E outra coisa também
Não converse com ninguém
Nem se quer um só momento
Não maltrate quem lhe adora
Que eu vou dizer agora
O quanto sou ciumento!
Querida eu sou de um jeito
Que quando ama alguém
Inda não tendo defeito
Para mim um defeito tem
Não se empalhe com nada
Não dê crença a camarada
Nem amiga, nem amigo
Vá pela a palavra minha
Que às vezes uma amiguinha
Bota outra no perigo!
Eu quando amo a alguém
O meu sonho é pesadelo
Que meu desejo é não vê – lo
Conversando com ninguém
E se por acaso vejo
Maldade amor e desejo
Fica o meu peito sentindo
Com o coração doendo
E a consciência dizendo
Meu bem está me traindo!
Querida tem outra coisa
Que eu preciso lhe falar
Pra tu seres minha esposa
Tem que a isso se obrigar
Nunca tome banho de praia
E não use mini – saia
E nem bermudas também
Que é pra outro rapaz
Não conhecer os sinais
Que o seu corpinho tem!
O nosso amor continua
Mas eu lhe dizer queria
Que se eu pudesse não via
Você sozinha na rua
Não vá recreio de bola
Não vá só para a escola
Por que existe um, porém.
Tenha o maior privilégio
Por que em qualquer colégio
Tem conquistador também!
Tem outra coisa também
Que eu preciso lhe dizer
Nem gibi e nem revista
Peço pra você não ler
Não se debruce em janela
E nem assista novela
E nem filmes imorais
Que permissão pra menina
Tem novela que ensina
Moça ser falsa a rapaz!
Não vá só meu grande amor
Pra festa de cavalhada
Nem cantiga nem xangô
Nem samba nem vaquejada
Não vá só a um reisado
E nem carreira de prado
Que nesse meio há um quê
Quero que ninguém lhe toque
Pode aparecer um jóquei
Pra conquistar a você!
Não vá o parque sozinha
Nem teatro e nem cinema
Aguarde a presença minha
Pra eu resolver o problema
Não vá ao clube dançar
Porque aquele lugar
Faz morrer a esperança
Com o calor da matéria
Ver se as maiores misérias
São praticadas na dança!
Não existe embaraço
Para você me amar
Não faço o que eu faço
Só faça o que eu lhe mandar
Não é por ter mau costume
É por que o meu ciúme
Pede pra mim ser assim
Se fizeres meus pedidos
Nós viveremos unidos
Queridinha até o fim!
MINHA
MULHER É AQUELA
(Barrazul)
Quem ama mulher casada
É sofredor e suspeito
Eu digo por que tem uma
Que está morando em meu peito
Já tentei me sair dela
Mais me apaixonei por ela
E agora não tem mais jeito
Estou amarrado nela
Ela também é assim
Os olhos dela me dizem
Que ela gosta de mim
Só penso nessa mulher
E se seu marido souber
Pode até ser o meu fim
O nosso amor cresceu muito
Já está enraizado
Tenho que desabafar
Não dar ficar calado
Qualquer dia eu vou beber
Abrir a boca e dizer
Eu estou apaixonado
Mulher do tipo menina
Frágil, dengosa e sensata
Bem vestida é minha dama
Sem a roupa minha gata
O seu calor me esquenta
Seu cheiro me alimenta
E a sua ausência me mata
Não adianta conselhos
Venha de onde vier
Dizer que ela é casada
Que eu procure outra mulher
Eu amo a ela somente
Pois o coração da gente
É só quem sabe o que quer
É sofredor e suspeito
Eu digo por que tem uma
Que está morando em meu peito
Já tentei me sair dela
Mais me apaixonei por ela
E agora não tem mais jeito
Estou amarrado nela
Ela também é assim
Os olhos dela me dizem
Que ela gosta de mim
Só penso nessa mulher
E se seu marido souber
Pode até ser o meu fim
O nosso amor cresceu muito
Já está enraizado
Tenho que desabafar
Não dar ficar calado
Qualquer dia eu vou beber
Abrir a boca e dizer
Eu estou apaixonado
Mulher do tipo menina
Frágil, dengosa e sensata
Bem vestida é minha dama
Sem a roupa minha gata
O seu calor me esquenta
Seu cheiro me alimenta
E a sua ausência me mata
Não adianta conselhos
Venha de onde vier
Dizer que ela é casada
Que eu procure outra mulher
Eu amo a ela somente
Pois o coração da gente
É só quem sabe o que quer
Farei de tudo na vida
Pra nosso amor não ter fim
Enfrento até uma guerra
Se tiver de ser assim
Para tudo sou capaz
Só não me acostumo mais
Com ela longe de mim
Admiro o seu marido
Homem de cabeça fria
Tem noite que passo a noite
Tem dia que passo o dia
Com ela na minha asa
Depois vou deixá - la em casa
E ele nem desconfia
Que se eu fosse casado
Com uma mulher daquela
Eu contratava a mim mesmo
Pra ficar cuidando dela
Não pisava nem no chão
Só eu lhe passava a mão
Nem mosca sentava nela
Devido ela ser casada
Eu quero tê-la e não posso
Mas se ela viuvasse
Ou largasse aquele troço
Eu me casava com ela
O mundo era meu e dela
E o céu também era nosso
Eu tenho muita vontade
De dizer o nome dela
Desfilar publicamente
Beijando e mordendo ela
Os trinta dias do mês
E depois dizer a vocês
Minha mulher é aquela
Pra nosso amor não ter fim
Enfrento até uma guerra
Se tiver de ser assim
Para tudo sou capaz
Só não me acostumo mais
Com ela longe de mim
Admiro o seu marido
Homem de cabeça fria
Tem noite que passo a noite
Tem dia que passo o dia
Com ela na minha asa
Depois vou deixá - la em casa
E ele nem desconfia
Que se eu fosse casado
Com uma mulher daquela
Eu contratava a mim mesmo
Pra ficar cuidando dela
Não pisava nem no chão
Só eu lhe passava a mão
Nem mosca sentava nela
Devido ela ser casada
Eu quero tê-la e não posso
Mas se ela viuvasse
Ou largasse aquele troço
Eu me casava com ela
O mundo era meu e dela
E o céu também era nosso
Eu tenho muita vontade
De dizer o nome dela
Desfilar publicamente
Beijando e mordendo ela
Os trinta dias do mês
E depois dizer a vocês
Minha mulher é aquela
SAÍ SEM
OLHAR PRA ELA
De: Louro Branco
Num dia
carnavalesco
Quando
a noite teve início
Saí com
três vagabundos
Contagiados
do vício
Bebemos
muito num bar
Depois
achei ser propício
Pagar
primeiro a despesa
E pedir
licença na mesa
Pra
curtir outra fraqueza
No
forró do meretrício.
Parei
em frente ao forró
Num
barraco dos morenos
Tomei
quatro gins com dois
Refrigerantes
pequenos
Avistei
uma mulher
Me
olhando e fazendo acenos
Com um
traje sem confiança
O dedo
sem aliança
Ao lado
duma criança
De dez
anos mais ou menos.
Quase
conheço a mulher
Porém
achei diferente
Admirei
o menino
Bonito
mas descontente
Sujo,
descalço e trapilho
Comendo
um "cachorro quente"
Parecido
com quem nasce
Das
fibras da minha face
Embora
eu nunca pensasse
Que
fosse nem meu parente.
Enquanto
eu mudei a vista
O
menino sofredor
Obedecendo
a mãe dele
Fez
papel de portador,
Chegou
onde eu estava
E disse
assim: "Por favor"
Meio
acanhado até
Ainda
disse: "Seu Zé,
Aquela
mulher em pé
Mandou
chamar o senhor."
Acompanhei
o menino
Rendendo
aos dois saudação
Dei boa
noite à mulher
Depois
apertei-lhe a mão
Perguntei,
quem é você?
Ela
respondeu: Pois não!
Eu sou
aquela infeliz
Que
você fez meretriz
Depois
que fez o quis
Me
abandonou sem razão.
Mamãe
morreu faz seis anos
Tenho
pai mais não me quer
Peço
muito, me dão pouco.
Agradeço
a quem me der
Ser
meretriz eu não quero
Sou uma
pobre mulher
Ando suja
e mal vestida
Sem
conforto e sem guarida
Assim
vou levando a vida
“Até
quando Deus quiser.”
Por fim
me disse chorando:
"Tem
dia que nem almoço
Padeço
que lhe conto
Trabalho
que nem me coço
Viver com
outro eu não quero
Casar
pra você não posso"
Eu
temendo a Deus divino
Temendo
a cruz do destino
Perguntei,
e esse menino?
Ela
respondeu: “É nosso”!
Esse
menino é o mártir
Da
nossa podre união
Tão
pobre que tem dez anos
E ainda
hoje é pagão
Tem
noite que falta rede,
Tem dia
que falta o pão
Você
que é pai acuda
Dê pra
escola uma ajuda
Que
esse pobre não estuda
“Porque
não tem condição.”
Dei um
dinheiro ao menino
Contemplando
a feição bela
Ele
recebeu chorando
Meu
coração quase gela
Tanto
tive pena dele
Como
tive pena dela
Muito
antipática e tristonha
Numa
revolta medonha
E eu
calçado de vergonha
Saí sem
olhar pra ela.
MENINA
DE 12 ANOS
De: Sebastião
da Silva
Eu estava
lá na praça
Feliz, achando graça
Quando ali eu avistei
Uma menina me olhando
Com as outras conversando
Assim observei
Eu não imaginava
Que ela em mim pensava
De amor, fazendo planos
E que garota que me amava
E que em mim pensava
Só contava doze anos
Ela chegou pra mim
Sorriu e disse assim:
Eu estou apaixonada
Apesar de ser criança
Mantenho a esperança
De ainda ser a tua amada
Falei, você é linda
Mas muito nova ainda
E não fica bem assim
Não vou contra a lei divina
Você é uma menina
Muito nova para mim
Ela ficou me olhando
As lágrimas derramando
Pelo seu rosto pequeno
Chorando ela dizia:
Meu Deus que grosseria
Amor demais é veneno
Eu fui me retirando
E ela ficou chorando
Entregue a nostalgia
E dizendo em seu desgosto
Essas lágrimas do meu rosto
Eu me vingarei um dia
O tempo foi passando
A lembrança terminando
Esqueci aquela cena
Com uns tempos pra frente
Em uma noite excelente
Avistei uma morena
Eu não imaginei
Que foi a que desprezei
E que lhe dei castigo
E disse a uma coleguinha
Diga a aquela bonequinha
Para vir falar comigo
Ao receber o recado
Que eu estava apaixonado
E que queria lhe falar
Ela veio aborrecida
Com a voz estremecida
E disse assim pra se vingar:
Sou aquela que sofreu
Que você não me entendeu
Não me quis não sei porque
Não vá contra a lei divina
Ainda sou uma menina
Muito nova pra você........
Feliz, achando graça
Quando ali eu avistei
Uma menina me olhando
Com as outras conversando
Assim observei
Eu não imaginava
Que ela em mim pensava
De amor, fazendo planos
E que garota que me amava
E que em mim pensava
Só contava doze anos
Ela chegou pra mim
Sorriu e disse assim:
Eu estou apaixonada
Apesar de ser criança
Mantenho a esperança
De ainda ser a tua amada
Falei, você é linda
Mas muito nova ainda
E não fica bem assim
Não vou contra a lei divina
Você é uma menina
Muito nova para mim
Ela ficou me olhando
As lágrimas derramando
Pelo seu rosto pequeno
Chorando ela dizia:
Meu Deus que grosseria
Amor demais é veneno
Eu fui me retirando
E ela ficou chorando
Entregue a nostalgia
E dizendo em seu desgosto
Essas lágrimas do meu rosto
Eu me vingarei um dia
O tempo foi passando
A lembrança terminando
Esqueci aquela cena
Com uns tempos pra frente
Em uma noite excelente
Avistei uma morena
Eu não imaginei
Que foi a que desprezei
E que lhe dei castigo
E disse a uma coleguinha
Diga a aquela bonequinha
Para vir falar comigo
Ao receber o recado
Que eu estava apaixonado
E que queria lhe falar
Ela veio aborrecida
Com a voz estremecida
E disse assim pra se vingar:
Sou aquela que sofreu
Que você não me entendeu
Não me quis não sei porque
Não vá contra a lei divina
Ainda sou uma menina
Muito nova pra você........
PARABÉNS
Á VOCÊ
(De:
Palmeirinha da Bahia)
AGRADEÇO
A PROVIDÊNCIA
MAIS
UM DIA DE EXISTÊNCIA
BRILHOU
NO SEU CALENDÁRIO
QUE
ESTE DIA EMINENTE
E
RECEBA MAIS UM PRESENTE
PELO
O SEU ANIVERSÁRIO
PARABÉNS
Á VOCÊ, PARABÉNS Á VOCÊ!
MAIS
DE UMA VELA ACESA
NUM
BOLO EM CIMA DA MESA
ENFEITANDO
O SANTO DIA
COM
RADIOLA TOCANDO
E A
MENINADA CANTANDO
PARABÉNS
COM ALEGRIA
PARABÉNS
Á VOCÊ, PARABÉNS Á VOCÊ!
MUITOS
COPOS COM BEBIDA
A
FAMÍLIA REUNIDA
AMIGOS
PAIS E PARENTES
OS
COLEGAS TE FESTEJAM
E AS
CRIANÇAS TE BEIJAM
OFERTANDO
MIL PRESENTES
PARABÉNS
Á VOCÊ, PARABÉNS Á VOCÊ!
A
LUA SE DESCORTINA
NASCE
FLORES NA CAMPINA
ENFEITANDO
SEUS ARCANOS
PRA ESSA
DATA TÃO BONITA
PEÇA
A DEUS QUE SE REPITA
POR
MUITOS E MUITOS ANOS
PARABÉNS
Á VOCÊ, PARABÉNS Á VOCÊ!
AS
PAREDES ENFEITADAS
MUITAS
TOALHAS BORDADAS
DISCUSSO
E APERTO DE MÃO
SEU
PEITO EMOCIONADO
COM
TANTO ABRAÇO APERTADO
TREMULA
O SEU CORAÇÃO
PARABÉNS
Á VOCÊ, PARABÉNS Á VOCÊ!
NESTE
DIA SEU AMOR
LHE
BEIJA COM MAIS SABOR
SENTINDO
AMIZADE PURA
POR
TER DADO UM PRESENTE
E
TER COLHIDO UM BEIJO QUENTE
DA
MAIS FELIZ CRIATURA
PARABÉNS
Á VOCÊ, PARABÉNS Á VOCÊ!
NO
FIM DA GRANDE PALESTRA
TERMINA
O SOM DA ORQUESTRA
JÁ
PASSA DE ZERO HORA
O
POVO TODO BEBENDO
SE
DESPEDINDO E DIZENDO
ADEUS
QUE JÁ VOU EMBORA
PARABÉNS
Á VOCÊ, PARABÉNS Á VOCÊ!
EU
JÁ FIZ O COMENTÁRIO
NESTE
SEU ANIVERSÁRIO
DA
ALEGRIA DO SEU POVO
APELO
PRA O SOBERANO
ADEUS
ATÉ PARA O ANO
QUE
VAI TER FESTA DE NOVO
PARABÉNS
Á VOCÊ, PARABÉNS Á VOCÊ!
Lágrimas
de Amor
(José Rodrigues)
Quem te
deu tanto amor como eu
Jamais pode
crer em promessa
Nossa chance
de amor se venceu
Envolvemos
o tempo em conversa
Hoje
vivo distante de ti
E não
sei se ainda te vejo
Estou sentindo
uma imensa saudade
Sem poder
fazer mais meu desejo
Quantos
beijos nos lábios trocamos
Quantas
juras de amor tu fizeste
Quando passo
por onde passamos
Lembro tudo
que tu me disseste
Os teus
olhos vermelhos de lágrimas
Já tentei
esquecer não consigo
A saudade
que tu me deixaste
Vai ficar
muito tempo comigo
Quando olho
pro teu retratinho
Minhas lágrimas
começam cair
Se é
defeito chorar por carinho
Eu não
tenho outro jeito de agir
Quem disser
que não chora é mentira
Ou então
nunca amou nesse mundo
Pois quem
tem um amor sempre chora
Nem que
seja na vida um segundo
Nunca mais
vou sentir teu calor
Os meus
olhos também tão chorando
Na distância
cruel nosso amor
Aos poucos
também se acabando
Mas a
culpa é dos teus genitores
Que mudaram
o teu jeito de ser
Separaram
nós dois e por isso
Vivo longe
de ti sem querer
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirConfira onde foi parar sua postagem História de Vaqueiro ...
ResponderExcluirhttps://antoniobrasil.blogspot.com.br/2018/03/historia-de-vaqueiros-jose-edimar-pi.html
galera eu estou atras de uma historia que meu vo me contava que era a historia de lulu que montou em um cavalo ligeiro que não podia da o torque. por favor me ajudem
ResponderExcluirGostei parabéns.porem tem uma historia de um vaqueiro que dormia no serviço e um certo dia uma onça carregou e um chocalho na cauda dela amarrou. Gostaria de ver esse cordel.
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