OU A FILHA DO PESCADOR
José Edimar
No
reino do Mar Azul
O
brilho da realeza
Sempre
era estendida ao povo
E
agradava a nobreza
Reinando
paz e harmonia
No
centro da natureza
Nas
manhãs de cada dia
Que um
novo sol brilhava
Com as
palhetas douradas
Toda a relva
despertava
Quando
toda natureza
Na jornada
começava
De
longe se ouvia o canto
Eram aves
campineiras
Codornizes
e Sabiás
Bem-te-vis
e Lavandeiras
E sons
de águas descendo
No rumo
das cachoeiras
A brisa
fresca cedinho
Trazendo
aroma das flores
Ouvia –
se o som das asas
Dos
Colibris voadores
Da flor,
o néctar, as abelhas.
Enchendo
seus colhedores
Nessa
hora santa e bela
Cupido
o deus do amor
Muito
cuidadosamente
Como bom
rastreador
Flechou
logo um coração
Como
exímio atirador
A
menina Branca Flor
Nessa hora
despertava
No
frescor da natureza
Porém
não imaginava
Que a
flecha do Cupido
No seu
peito penetrava
Ela
ficava deitada
Vendo
clarear o dia
E
quando ela levantava
Para o seu
jardim seguia
De lá
avistava o pai
Que do
mar aparecia
Seu pai
era pescador
Cedo
voltava do mar
Com redes
cheias de peixes
Difícil
de carregar
Por
isso que a menina
Sempre
ia lhe ajudar
Ajudando
com as redes
Quando
do barco desceu
Um
filhote de golfinho.
Junto à
rede apareceu
Sem seu
pai, se dar conta.
Somente
ela percebeu
O peixe
estava brincando
E ela
não falou nada
Tomou
conta dos peixes
Era uma
luta pesada
Levando
o golfinho junto
Pra
começar a jornada
A
menina Branca Flor
Tinha
também a missão
Limpar os
peixes com o pai
Ajudando
na função
Ser
filha dum pescador
Impunha
tal condição
Depois
de limpar os peixes
Foi
perceber no final
Que o
filhote de golfinho
Continuava
ainda igual
O
momento que chegara
O que seria
anormal
Resolveu
não cortar ele
Dá -
lhe outro tratamento
Diferente
dos demais
Levou-o
naquele momento
Colocou
dentro da água
Próximo
do seu aposento
Ele
caindo na água
Moveu-se
rapidamente
De
branco ficou bem claro
Como o
sol resplandecente
Olhando
ele, ela ficou.
O tempo
todo sorridente
A
menina Branca Flor
Quando
acordava cedinho
Corria
para o local
Que
colocara golfinho
E
brincava ali com ele
Conversando
bem baixinho
Não
deixava nenhum dia
Sem ir à
beira do mar
Chamava
- o Raio de Luz
Vendo a
água se agitar
Seu
brilho logo fazia
Toda
água clarear
Ela
avistando dizia
- Vem
que tua Branca Flor
Chegou
pra te visitar
Porque
és merecedor
De
receber cafuné
Com
recheio de amor
Passou
assim mais de ano
Todo
dia visitando
Ao falar-
Raio de Luz
É Branca
Flor te chamando
Antes
de fechar a boca
O peixe
vinha chegando
Tudo
mudou quando um dia
A
menina adoeceu
Pediu
para uma empregada
Pra
cuidar do peixe seu
Ensinou
como fazer
Mas,
ela não obedeceu.
A inveja
sempre foi
O mal da
humanidade
Muitas
vezes camuflada
A pura
perversidade
Pra
satisfazer a quem
Vive
cheio de maldade
Transformada
numa ação
O que é
ruim aparece
De onde
ninguém espera
É ali
que acontece
O dano
sofrido é grande
Que
quem passa não esquece
A
empregada invejosa
Tinha
raiva da menina
Seu
chamego com o peixe
Incomodava
a ferina
Com
essa oportunidade
Mudou
ligeiro, a rotina
Aquele
momento era
Por ela
já esperado
Quando
chamou o peixe
Que ele
veio apressado
Ela
atacou com um pau
Deixando
ele machucado
A empregada
levava
Notícias
diariamente
Com relatório
diário
Para a
menina doente
Com
isso a Branca Flor
Ficava
sempre contente
A
menina Branca Flor
Quando
se recuperou
Daquela
doença dela
E da
cama levantou
Correu
pra beira do mar
E por
Raio de Luz chamou
Dizendo
-- Raio de Luz
Branca
Flor veio te ver
Chamou
por diversas vezes
Sem o
peixe aparecer
A
menina entristeceu
Não vendo
ele responder
Depois
que chamou bastante
Foi que
o peixe apareceu
Quebrada
uma barbatana
A
menina resolveu
Perguntar
para saber
Como
aquilo aconteceu
Disse
ele - Foi à empregada
Que
veio me atacar
Ferido
acaba o encanto
Me
defendo se viajar
Pro reino
Céu Cristalino
Do
outro lado do mar
Fui
transformado em peixe
E dentro
do mar jogado
O
pescador me salvou
Na rede
vim agarrado
Mas,
levar você não posso
Pois
morrerei afogado
Quando
chegar ao meu reino
Terminará
todo encanto
Preciso
lhe esperar
Por que
saberei o quanto
Sofro
se casar com outra
E me
acabarei em pranto
Sabia
que lá no reino
Ia
haver seu casamento
Um
acordo entre reinos
Grande
acontecimento
Queria
que Branca Flor
Chegasse
até momento
Caso
ela desejasse
Encontrá-lo
novamente
Viajasse
até seu reino
Numa
terra diferente
Chamado
Céu Cristalino
Era em
outro Continente
Se ela
chegasse antes
De
haver o ocorrido
Ele
então daria um jeito
Não
teria lhe esquecido
Com
outra não casaria
Disso
estava convencido
Dizendo
isso saiu
De mar adentro
nadando
Branca
Flor vendo sair
Nas
águas se ocultando
Voltou
para casa triste
Chegou
ainda chorando
Porém
não quis mais deitar
Foi
direto para o jardim
Conversando
com as flores
Consigo
pensando assim
Ficar
sem Raio de Luz
A vida
vai ser ruim
Se
pedisse ao seu pai
Ele
jamais deixaria
Procurar
aquele reino
Sozinha
não poderia
Era uma
grande aventura
Que ninguém
ajudaria
Muitos
dias passou triste
Sem
deixar desconfiança
No seu
quarto a meia noite
Chorava
como criança
Porém
um dia acordou
Renovando
a esperança
Um
grande navio no porto
A noite
havia ancorado
Ela
teve uma ideia
Para
ter bom resultado
Ir
visita-lo e saber
Se
faltava empregado
Chegando
lá ela soube
Algo
muito interessante
Que
precisavam de moças
Com
porte muito elegante
Para
servir refeição
Cozida
no restaurante
Ela
conseguiu uma vaga
E para
casa voltou
Pediu
permissão aos pais
Suas
coisas arrumou
Embarcando
no navio
O
trabalho começou
Esse
navio andava
Em uma
longa excursão
Viajando
dia e noite
De uma
a outra nação
Só
aportava em cidades
Onde
tinha permissão
Muitos
nobres viajavam
Com
toda tranquilidade
Donos
de grandes fortunas
Tinham
essa necessidade
Andar
conhecer o mundo
Poder
viver a vontade
Dessa
forma Branca Flor
Conseguiu
sua passagem
Trabalhando
no navio
E
fazendo sua viagem
Querendo
chegar ao reino
Nunca
perdeu a coragem
Vamos
deixar Branca Flor
E falar
de Raio de Luz
Que
voltou para o seu reino
A história
lhe faz jus
Que seu
destino seria
Conduzido
por Jesus
Ele
viveu encantado
Por
doze anos corrido
Sem
viver em seu palácio
Dentro
do mar escondido
Porém o
encantamento
Por ele
fora vencido
Tudo
por que um monarca
Vindo
de outro reinado
Desejando
unir os reinos
Queria
lhe ver casado
Com sua
filha e por isso
Deixou
o príncipe encantado
Raio de
Luz não aceitando
Recebeu encantamento
Porém
com tempo contado
Quem, esperava o momento
Era o
rei que desejava
Terminar
o casamento
Raio de
luz sabendo disso
Resolveu
se esconder
No
campo entre os plebeus
Sem se
dar a conhecer
Por
dois anos esperando
Branca
Flor aparecer
Quando apareceu
na corte
Houve
grande movimento
O palácio
encheu de gente
Chegando
a todo o momento
Uma
semana de festas
No
maior contentamento
Dois
anos lhe afastava
Da sua
querida amada
De
tanto ele pensar nela
Tinha a
alma dilacerada
Ela só pensando
nele
Tava de
alma cansada
Com a
chegada do príncipe
O
casamento, marcaram
Para
seis meses depois
O prazo
que concordaram
Não
pode ele fazer nada
Pois os
seus pais apoiaram
Mas
existe algo importante
Bem
sabe disso o leitor
Por
mais que haja armações
Só
existe um vencedor
Tendo
força absoluta
Não há
quem vença o amor
Passaram
- se cinco meses
Quando
o príncipe adoeceu
Sofrendo
de um mal súbito
De
repente apareceu
Os
médicos não descobriram
Qual
era o problema seu
Foi com
a doença do príncipe
O
casamento adiado
A moça
que ia casar
Perdeu todo
rebolado
O rei
pai dela ficou
Muito mais
agoniado
Branca
flor servindo mesas
Numa delas
pressentiu
Tripulantes
conversando
De perto
ela não saiu
O que
falavam do príncipe
Toda
conversa ela ouviu
Tinha o
Navio ancorado
No
reino Céu Cristalino
Vindo
para o casamento
Do
herdeiro genuíno
Branca
Flor sabendo disso
Mudou
logo o seu destino
Resolveu
deixar a lida
Antes
do amanhecer
Indo
direto ao palácio
De tudo
pode saber
Também
arranjou emprego
Pra
poder permanecer
Fingiu-se
de enfermeira
Do
assunto conhecia
Levaram,
ela pro quarto
Do
príncipe foi companhia
Cuidar da
doença dele
Que chorou
de alegria
Ele contou
pra sua mãe
Como a
moça lhe encontrou
Depois com
a chegada dela
Da doença
lhe curou
A mãe
criou um enigma
Uma
saída arranjou
No dia
do casamento
Muita
gente reunida
Trazendo
um baú de ouro
A mãe
entrou em seguida
Dizendo
a chave é de bronze
A de
ouro foi perdida
Mas o Príncipe
disse – Não!
Acabei
de encontrar
Tendo agora
a verdadeira
Eu não
posso dispensar
E consulto
a minha corte
Qual
das duas devo, usar
Toda
corte respondeu
A primeira
meu Senhor
Trouxe
Branca Flor e disse
- É meu
verdadeiro amor
Todos gritaram
– Ela é digna
Do
nosso imperador
Esclareceu
toda história
Todos
ali concordaram
Branca
Flor foi à rainha
A outra
eles dispensaram
Uma
semana depois
Os dois
jovens se casaram.
F I M
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