Dois Irmãos e uma Herança
José
Edimar
Josino
Alves de Alencar
Foi
um grande brasileiro,
Cumpridor
dos seus deveres
Sendo
o dono verdadeiro,
De
mais de cem mil alqueires
De
terra e muito dinheiro.
Sendo
pai de dois rapazes
Um
João outro Vicente,
Que
não eram parecidos
Mas
o pai era contente,
Os
filhos lhe respeitavam
Cuidando
de sua gente.
Na
fazenda de Josino
O
povo era respeitado
Os
filhos sabiam disso
E tinham
o maior cuidado,
Evitando
que o pai deles,
Vivesse
contrariado.
Mas Vicente
desejava
Outro
rumo então tomar,
Porém
se seu pai soubesse
Não
devia concordar
Necessitava
conversa
Para
poder aceitar
01
Quando
falou, disse o pai
Somente
se ele aceitasse,
Dinheiro
para a viagem
Porque
talvez precisasse,
Ele
disse sobre isso
Tratavam
quando voltasse.
Juntou
o que precisava
Para
seguir com coragem,
Animais
e mantimentos
Cavalo,
sela e bagagem,
Ração
para alimentá-los
Os
animais na viagem.
Queria
pouco dinheiro
Porque
pra ele bastava,
Só pra
começar a vida
Trabalhando
arranjava,
Tudo
que ele precisasse
Com
pouco tempo ganhava.
O
pai então concordou
Embora
não satisfeito,
Pois
lhe sobrava dinheiro
Se
quisesse dava jeito,
Andar
de bolso vazio
Isso
não era direito.
Ele
ajeitou a bagagem
Preparou
sua partida,
Saindo
na madrugada
Da
sua terra querida,
Mas
esse era seu desejo
Pra
conhecer nova vida.
02
Depois
de algumas semanas
Viajando
ele chegou.
Num
ponto desconhecido
Mas
assim que avistou,
Quis
logo permanecer
Que
o local lhe agradou.
Construiu
uma casinha
E
nela ficou morando,
Cuidando
daquela terra
Muitos
legumes plantando,
Para
produzir bastante
Com
isso andava sonhando.
Conheceu
Ediolene
Uma
bela criatura,
Filha
de família pobre
Também
da agricultura,
Embora
fosse do campo
Tinha
grande formosura.
Começou
ficar com ela
Sendo
dela o namorado,
Chegando
mesmo a falar
Que
estava apaixonado,
Pouco
tempo de namoro
Com
ela estava casado.
Ediolene
sempre foi
Disposta
e trabalhadora,
Ajudava
a mãe em casa
Na
luta da genitora,
Também
cuidava da roça
Porque
amava a lavoura.
03
Ter
casado com Vicente
Isso
não lhe atrapalhava,
Nunca
abandonou a roça
Porém
em casa plantava,
Seus
canteiros de verduras
Que
no sustento ajudava.
Passaram-se
onze meses
Nesse
trabalho pesado
Ediolene
um dia em casa
E Vicente
no roçado,
Chegando
soube a notícia
Que
deixou-lhe aperreado.
Porque
aquela notícia
Ia
mudar seu destino,
Ediolene
disse a ele:
Você
sabe do Josino,
Aquele
grande ricaço
Foi
se encontrar com o Divino.
Que
ele ontem morreu
A
notícia se espalhou,
Um caixeiro
viajante
De
manhã cedo passou,
Deixando
essa notícia
Que
outro amigo contou.
Vicente
ouvindo lhe disse:
-- Perdoe
por não falar nada,
Pois
Josino é o meu pai
Vou
pegar hoje a estrada,
E
voltar pra minha terra
Que minha
hora é chegada.
04
Juntaram
toda bagagem
Do
lugar se despediram,
Da
família da esposa
E em
viagem partiram,
Rumo
às terras de Josino
Com
toda pressa seguiram.
A
estrada era bem longa
Alguns
dias viajaram,
E na
fazenda do irmão
Em
poucos tempo chegaram
Ele
perguntou: vocês
Por
qual motivo voltaram?
O
irmão tinha casado
Com
a tal de Valdinéia,
Essa
era mãe da preguiça
Mas
Valente igual colmeia,
Fez o
marido, da herança
Mudar
logo sua ideia.
Valdinéia
havia falado:
--
Quando chegar teu irmão,
Porque
com a morte do pai
Virá
cheio de razão,
Devido
ser preguiçoso
Talvez
falte condição.
05
Da
herança do pai dele
Não
vai ter nenhum direito,
Foi
você quem trabalhou
E
disso terá proveito,
Esqueça
da parte dele
Pra
dividir não aceito.
João
ainda argumentou:
-- O
Vicente é meu irmão,
A
herança é de nós dois
Vou
fazer a divisão,
Mas,
ela lhe convenceu
Para
mudar de visão.
Quando
Vicente chegou
João
estava preparado,
Disse
que daquela herança
O
dele tinha levado,
O
resto todo era seu
O
pai tinha lhe falado.
Vicente
lhe explicou:
--
Não foi assim que eu fiz,
Meu
pai ofereceu mesmo
Não
levei porque não quis,
Nunca
pensei em dinheiro
Para
poder ser feliz.
06
Ediolene
interferiu
Para
que ninguém brigasse,
Implorando
ao cunhado
Pedindo
que ajeitasse,
Um
lugar para uma casa
Essa
arenga terminasse.
Findaram
com a discussão
Vicente
a casa aceitou,
Construiu
ela do jeito
Que
sua mulher gostou,
Tudo
quanto precisava
Na
casa ele arrumou.
Depois
foi para o roçado
E ela
começou plantar,
Canteiros
perto da casa
Tinha
água para regar,
De
cheiro verde pra cima
Nunca
mais deixou faltar.
De
Valdinéia falamos
Que
era muito preguiçosa,
De
verdura ela gostava
Porém
muito orgulhosa,
Mandava
buscar e ainda,
Quem
ia levava a prosa.
07
Ela
mandava dizer:
Que
se um dia lhe faltasse,
Cheiro
verde e tudo mais
Que
no canteiro plantasse,
A
promessa era uma surra
Que
talvez não aguentasse.
Ediolene
ouvia tudo
Porém
ficava calada,
Mandava
todo tempero
Nunca
respondia nada,
Até
quando a paciência
Foi
totalmente esgotada.
E
chegando a empregada
Ao
chegar já foi dizendo:
–
Vim buscar o cheiro verde
Ela
foi interrompendo:
–
Daqui não vai levar nada
É bom
que fique sabendo.
–
Volte e diga a sua patroa
Se
quiser vá trabalhar,
Cheiro
verde ela vai ter
Se
algum dia cultivar,
Trabalhe
assim como eu faço
Quer
comer pode plantar.
08
A
empregada voltou
Contou
tudo a sua patroa,
Que
não gostou da resposta
A
proposta não foi boa,
De
tão zangada ficou
Valente
igual à leoa.
Com
raiva saiu dizendo:
– Derrubo
casa e canteiro,
E
esfrego a cara dela
Lá
na lama do chiqueiro,
Faço
ainda comer merda
Das
galinhas no poleiro.
Quando
Ediolene viu
Ela
louca a se morder,
Vindo
na maior carreira,
E
gritando pra valer:
–
Vou derrubar teus canteiros
Que
assim vai aprender.
Ediolene
lhe esperava
Com
uma vara guardada,
Num
canto e já bem murcha
Pois
estava preparada,
E
enfrentou Valdinéia
Como
uma fera assanhada.
09
Reagindo
Valdinéia
Porém
nada conseguiu,
Foi a
chuvada de vara
Das
maiores que se viu,
E para
escapar da peia
Da
briga ela desistiu.
Chegou
em casa e contou
Como
quis para o marido,
Dizendo
que a cunhada
Por
nada havia lhe agredido,
Não tinha
apanhado mais
Porque
tinha desistido.
João
mandou chamar Vicente
Pediu
que ele fosse embora,
Desocupasse
suas terras
Dizendo:
faça isso agora,
Porque
se assim não fizer
A
força eu boto pra fora.
Vicente
ali respondeu:
–
Dessa terra ninguém sai,
Se
você não está gostando
Tá
incomodado vai,
Lembre
que também sou dono
Ela
pertence ao meu pai.
10
João
disse: se não sair
Vou
dar parte ao delegado,
Que
assim ele resolve
Quem
de nós é o errado,
E
sendo expulso a força
Ficará
envergonhado.
–
Querendo chame a polícia,
Use
a maneira que quer,
Sei
que não estou errado
E se
aqui justiça houver,
Só
perderei esta causa
Se
Deus mesmo assim quiser.
Vicente
voltou pra casa
Mas
chegou entristecido,
Contou
tudo a Ediolene
Conforme
foi ocorrido,
Ela
ouviu atentamente
Orientou
seu marido:
–
Você não tem um cavalo
Pra
montar nessa viagem,
Acho
bom que vá agora
Vou
arrumar a bagagem,
E
preparar sua comida
Pra
não lhe faltar coragem.
11
Disse
ele: não é preciso
Minha
comida preparar,
Basta
carne temperada
Na
bagagem pra levar,
Pois
farei minha comida
No
lugar que me hospedar.
Ela
ali rapidamente
Suas
coisas arrumou,
Ele
pegou sua bagagem
Pela
estrada descambou,
Ás
cinco horas da tarde
Numa
fazenda encostou.
Bateu
palmas lá na porta
Fora
uma mulher saiu,
Pra
passar aquela noite
Um rancho
a ela pediu,
Estando
sozinha e grávida
A
mulher não consentiu.
Não
lhe abrigo, disse ela
Porque
me acho sozinha,
Seis
meses de gravidez
Sem
uma casa vizinha,
Meu
marido viajou
Vai
chegar hoje a noitinha.
12
Tem
um chiqueiro de bodes
Se
se por acaso servir,
Nenhum
deles dorme lá
Também
posso garantir,
Que
não existe mau cheiro
Talvez
sirva pra dormir.
Vicente
disse: gradeço
Vai
servir para a dormida,
Me arranje
uma panela
Que
dê pra fazer comida,
Ainda
não almocei
Foi à
barriga esquecida.
Quando
ele acendeu o fogo
Que
começou a ferver,
Exalou
um grande cheiro
Que
a casa pôde encher,
Com
o cheiro a mulher grávida
Desejou
também comer.
O
desejo foi tão grande
Mas
ela nada falou,
Vicente
tinha comida
Como
não adivinhou,
Comeu
bastante e a sobra
Para
os cães dali botou.
13
A
mulher sozinha em casa
Sem
ninguém de confiança,
Não
controlando o desejo
Quando
o cheiro em casa avança,
Sem
ninguém para o socorro
Findou
perdendo a criança.
Depois
do acontecido
Ficou
ela ali morrendo,
O
marido naquela hora
Chegou
e já foi sabendo,
Foi
procurar o Vicente
De
raiva estava tremendo.
Disse
que ele era culpado
Da
esposa ter perdido,
Por
causa da sua comida
O
bebê tinha morrido,
Cedo
iria ao delegado
Pra
contar o ocorrido.
Vicente
lhe respondeu:
–
Disso não sou o culpado,
Se a
mulher teve desejo
Só
bastava ter falado,
Comida
teve a vontade
Dava
para ter jantado.
14
Se
quiser ir à polícia
Não
precisa de ameaça,
Tô
indo à delegacia
Porque
não temo a desgraça,
Siga
hoje ou amanhã
Leve
sua denúncia e faça.
Quando
amanheceu o dia
Vicente
saiu andando,
Seu
irmão com o marido
Da
mulher, foram passando,
Em
dois cavalos montados
Um e
outro conversando.
Não
lhe cumprimentaram
Na
frente havia um rapaz,
Com
sua mula atolada
Num
movediço voraz,
Pra
desatolar da lama
Sozinho
não foi capaz.
Quando
viu os cavaleiros
Foi
aos dois logo implorando,
Eles
apenas disseram:
– Um
caboclo vem andando,
Peça
ajuda se quiser
Que
nós já vamos passando.
15
Ali
com pouca demora
Vicente
lhe apareceu,
O
rapaz pediu ajuda
Depressa
ele atendeu,
Descendo
seu matulão
Muito
rápido o socorreu.
Aquela
mula atolada
Dentro
do grande lameiro,
Numa
areia movediça
Vicente
gritou ligeiro,
Ou
nós a desatolamos
Ou
não sai do atoleiro.
O
dono foi nas orelhas
Vicente
o rabo agarrou,
Jogou
com força tremenda
Que
a bicha desatolou,
Mas
com o rabo da mula
Na
mão, Vicente ficou.
O
dono da mula vendo
Ela
de rabo arrancado,
Olhou
pra Vicente e disse:
Eta!
cabra desgraçado,
Ou
paga a minha mula
Ou
lhe levo ao delegado.
16
Vicente
muito zangado
Jogou
ele no rapaz,
Dizendo:
querendo vá
Que
para mim tanto faz,
Pode
logo indo na frente
Que
vou lhe seguindo atrás.
Foi
a galope o rapaz
Ele então
observando,
O
rabo tinha arrancado
Que
o sangue ia pingando,
Encobrindo-se
na curva
Vicente
ficou pensando:
– Já
existem três denúncias
Serão
quatro em minha frente,
Sinto
que não tenho vez
Foi
botando isso na mente,
Pensou
pular do talhado
Findar
tudo de repente.
Ali
pulou pra morrer
Dentro
dum grande grotão,
Caiu
em cima dum velho
Que
lhe serviu de colchão
Quando
ele armava quixós
Costume
lá do sertão.
17
Os
filhos daquele velho
Ficaram
muito sisudos,
Quando
olhavam os quixós
Para
tirar seus rabudos,
A
morte do pai deixou-os
Raivosos
e carrancudos.
Vicente
naquela queda
Caiu
bem esparramado,
E o
velho já caiu morto
De
espinhaço quebrado,
Foi
pelos filhos do velho
Levado
pra o delegado.
Na
mesma delegacia
O
delegado aguardava,
Como
era muito esperto
Nada
lhe impressionava,
O
dia movimentado
Muita
gente o procurava.
Ouviu
gritar: delegado!
Ele
matou o nosso pai,
Lhe
prendemos e trouxemos
Para
a prisão hoje vai,
Tem
que ser agora mesmo
Se
não daqui ninguém sai!
18
Três
homens já aguardavam
Também
Vicente chegar,
Quando
o viram ali disseram:
–
Ele acaba de encostar,
O
delegado então disse:
– Todos
queiram aguardar.
Chamou
Vicente e lhe disse:
– Como deseja fazer?
Quatro
denúncias já têm
Todas
para eu lhe prender,
Diga
qual a estratégia
Que
tem pra se defender?
Vicente
lhe respondeu:
– A coisa
está enrolada,
Minha
história é muito longa
Não
tem como ser contada,
Disse
ele: dou-lhe um mês
Mas quero-a
bem explicada.
–
Existem quatro denúncias
Chegadas
à minha frente,
Só
livrar-me-ei aqui
Num juízo
consciente,
Disse
ele: conte-me tudo
Desejo
ficar ciente.
19
Disse
ele: foi duma briga
Que
tive com meu irmão,
Quando
nosso pai morreu
Tivemos
a discussão,
Depois
as nossas mulheres
Por
causa de plantação.
A
minha faz seus canteiros
De
verduras pra comer,
Ele
veio denunciar
Eu
vim pra me defender,
Com
minha janta a esposa
Daquele
veio a perder.
Sem
eu ter culpa nenhuma
Ele
veio me denunciar,
Em seguida,
esse da mula
Pediu-me
pra lhe ajudar,
Quando
pulei pra morrer
Foi
o velho em meu lugar.
– Quantos
anos se passaram
Depois
que seu pai morreu?
– Quatorze
seu delegado!
Vicente
assim respondeu,
– Pois quatorze seu irmão
Passará
no lugar seu.
20
Você
vai pra o lugar dele,
Assim
determinarei,
Quando
completar quatorze
Vocês
dois convidarei,
E a
fortuna do pai
Meio
a meio partirei.
Virou
para o fazendeiro
Da
mulher que reclamava,
Perguntou:
e sua mulher
Com
quantos meses estava?
Disse
ele: faziam seis
Hoje
mesmo completava.
O
seu caso é o mais fácil
Ouça
o que vou lhe falar,
Basta
entregar sua mulher
Para
o moço engravidar,
Com
seis meses de barriga
Ele
volta a lhe entregar.
Você
que é dono da mula
Quer
nela um rabo comprido,
Ele
vai trabalhar nela
Depois
do rabo crescido,
Lhe devolve
e com certeza
Fica
o caso resolvido.
21
Vocês
aí que trouxeram
Esse
homem amarrado,
Leve
ele e botem embaixo
E
pulem lá do talhado,
Em
cima que ele morre
Vosso
pai será vingado.
–
Esta é a minha sentença
O
delegado falou,
Se
não quiserem aceitar
Obrigá-los
eu não vou,
Mas
num acordo ajudá-los
Se
quiserem, pronto estou.
João
falou para Vicente
–
Pra que brigar meu irmão,
Durante
quatorze anos
Não
lhe dei um só tostão,
Se
aceitar dividiremos
Findamos
a confusão.
O homem
da mulher grávida
Disse
também: não vou dar,
A
mulher pra esse outro
Levar
e engravidar,
Para
depois devolver
Com
que cara vou ficar.
22
O
rapaz da mula ouvindo
Aquele
homem dizer,
Disse:
também minha mula
Rabo
nunca vai nascer,
Com
certeza ele levando
Não vai
mais me devolver.
Logo
os outros dois rapazes
Mudaram
de opinião,
Pular
em cima do homem
Já
resolveram que não,
Pois
se errasse no pulo
Não
teriam salvação.
Percebendo
o delegado
O
que haviam decidido,
Falou
para todo o grupo
–
Foi muito bem decidido,
Voltem
para suas casas
E
esqueçam esse ocorrido.
João
comprou logo um cavalo
Para
o irmão ir montado,
Era
famoso e possante
Quem
vendeu trouxe selado,
Sem
as mulheres saberem
Nada,
do que foi passado.
23
Ediolene
e Valdinéia
Estavam
apreensivas,
Os
maridos não voltavam
Sobrando
as expectativas,
Deixando
os dois corações
Sem
respostas positivas.
Quando
Vicente chegou
Ediolene
o recebeu,
Sabendo
da boa nova
Com
alegria se encheu,
Agradeceu
muito a Deus
Pois
tudo se resolveu.
Valdinéia
se encontrava
Naquela
hora muita aflita,
Quando
João deu-lhe a notícia
Ela quase
não acredita,
Não
reclamou, e só disse:
–
Foi essa uma ação bendita.
A
riqueza era tão grande
Que
ninguém pobre ficou,
Ediolene
ou Valdinéia
Nenhuma
ali mais brigou,
Houve
a maior harmonia
E
Josino descansou.
24
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